Suplementação com Vitamina D: saiba o que dizem as evidências científicas sobre essa prática

As buscas pela suplementação com Vitamina D tomaram conta da internet e das redes sociais devido ao polêmico Protocolo Coimbra.

Por Erika Coelho

7/5/20242 min read

Formulado pelo Doutor Cícero Coimbra, médico neurologista, PhD e professor da Universidade Federal de São Paulo, o Protocolo Coimbra é um método de restabelecimento de níveis sistêmicos adequados de vitamina D para pacientes de diversas patologias. Ou seja, o protocolo consiste em doses de Vitamina D acima do definido na proposta de Ingestão Diária Recomendada (IDR) de Proteína, Vitaminas e Minerais para indivíduos e diferentes grupos populacionais, elaborada pela Anvisa, por exemplo.

De acordo com Coimbra, essa prática pode trazer progressos terapêuticos consideráveis principalmente em patologias autoimunes, como Esclerose Múltipla e Vitiligo. Porém, como Autismo e Mal de Parkinson estão sendo investigados como possíveis doenças auto-imunes, o método também ajudaria esses pacientes a melhorarem suas condições.

O estudo sobre a suplementação com vitamina D começou em meados de 1991, durante o programa de pós-doutorado que Coimbra realizava na Universidade de Lund, na Suécia. Ainda em seu campo de interesse do PhD, a neurociência clínica, em 2001 o Dr. Coimbra passou a considerar a vitamina D como um recurso terapêutico fundamental, já que estimulava a produção de substâncias regenerativas no cérebro, e colocou em prática ao administrar a vitamina em doses de 10.000 UI/dia para pacientes com doença de Parkinson.

Após observar uma notável melhora clínica na maioria de seus pacientes, as doses foram aumentadas e, segundo o médico, muitos dos pacientes acabaram livres dos sintomas e manifestações de suas respectivas doenças. Em 2012, Coimbra revelou ter alcançado o nível desejado de eficácia após consecutivos aumentos nas doses e o Protocolo Coimbra tornou- se muito parecido com o que é visto atualmente.

Outros estudos:

  • Homens com sobrepeso ou obesidade possuem uma maior probabilidade de apresentar níveis inadequados de Vitamina D no sangue, segundo o estudo Gender-related differences in the association of serum levels of vitamin D with body mass index in northern Iranian population (PGCS);

  • Suplementação com vitamina D não consegue evitar a progressão do pré-diabetes para o diabetes tipo 2, segundo o estudo Diabetes Prevention with active Vitamin D (DPVD);

  • Pacientes com deficiência de vitamina D no sangue tiveram 14 vezes mais chance de desenvolver os sintomas da Covid-19 de forma severa e a mortalidade foi de 25,6% para aqueles com níveis insuficientes de vitamina D, enquanto aqueles com níveis adequados tiveram 2,3% de taxa de mortalidade, de acordo com o estudo conduzido em Israel Pre-infection 25-hydroxyvitamin D3 levels and association with severity of COVID-19 illnes;

  • Mulheres hispânicas, latinas e negras com quantidades suficientes de Vitamina D no sangue tiveram 21% menos casos de câncer de mama do que as mulheres com concentrações mais baixas, segundo o estudo Vitamin D concentrations and breast cancer incidence among Black/African American and non-Black Hispanic/Latina women.

                         WWW.LABNUTRIOFICIAL.COM.BR